POEMA DE FINADOS
Amanhã
que é dia dos mortos
Vai
ao cemitério. Vai
E
procura entre as sepulturas
A
sepultura de meu pai.
Leva
três rosas bem bonitas.
Ajoelha
e reza uma oração.
Não
pelo pai, mas pelo filho:
O
filho tem mais precisão.
O
que resta de mim na vida
É
a amargura do que sofri.
Pois
nada quero, nada espero.
E
em verdade estou morto ali.
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