quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Meus Dezoito Anos


Meus Dezoito Anos

Ai que saudades que tenho
Da Aurora da minha vida
Que eu não chamava de querida
E me mostrou o que ninguém mais.
Que amor, que sonhos, que flores
Naquelas noites ligeiras
À sombra das passageiras
Esperando amores no cais.

Como são belos os dias
Do despontar da existência
O acréscimo da Inocência
Foi um banho de amor.
A banheira de água espirrada
O teto – toldo espelhado
O mundo – um sonho dourado
A vida – um hino d’amor.

Ai que saudades que tenho
Da vista da Aurora e da Inocência
Secando uma a outra com indecência
Em sabores e ritmos liberais.
Naqueles tempos ditosos
Sem filhos, esposa ou contas
Não me preocupava com as outras
Nem com os ditames morais.

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